Alí estava
eu, diante daquela escadaria escura, sem fazer ideia do que esperar. Tentei
chamar pelos agentes, mas não obtive sucesso. Não sabia ao certo o que esperar
daquilo tudo, afinal era a primeira coisa que eu tinha visto desde meu
alojamento na SCP. Eu esqueci de mencionar esse detalhe, os cientistas estavam
me mantendo quando em contato com outras pessoas com uma venda sobre os olhos.
Segundo eles todo o processo de stress causado pelo encontro com Landaw, a
chegada na SCP e os estresses das análises e testes em mim haviam desencadeado
um processo de interferência. Em teoria a minha interferência estava “ligada” o
tempo todo. Era um ponto negativo para contrabalancear com o fato de ser um Proxy
100% consciente.
Mas voltando
a minha “aventura”. Pensei que não haveria outra saída senão descer as
escadarias até o fim e encontrar a cela onde o fantasma estava aprisionado.
Como eu estava errado. À medida que eu descia, minha visão ia se acostumando
com a escuridão e a lanterna com pouca luz estava dando sua ajuda. Afinal,
quantos andares essa escadaria possuía? Continuei descendo até que ao fazer a
descida do andar 14 para o15 tive uma inesperada surpresa. Pude ver de forma
rápida um vulto negro se aproximar de mim com velocidade, o pior foi a sensação
que senti quando aquilo atravessou meu peito. Pude sentir a pior sensação do
mundo, algo que poderia ser comparado a própria morte. Era uma sensação de
desespero e angústia, ao mesmo tempo que havia um queimar intenso no meu peito.
Quase caí, mas por sorte foi tudo muito rápido. Não sabia ao certo o que estava
acontecendo naquele lugar, mas estava torcendo para o fantasma não ser pior do
que aquilo. Seguiram-se os andares de forma mais tranquila. Eu estava começando
a me acalmar novamente, se eles achavam que esse era o estímulo adequado para
conseguir outro efeito de grito, estavam bem errados.
20,21,22,23,24,25,26...
no andar 27 tive outra surpresa com outro vulto daqueles, a sensação foi muito
pior. Assim como um machucado que você acha estar bom e leva uma pancada forte
logo em cima e você sente bem mais dor que o machucado inicial, esta foi minha
sensação. Lembro-me de ter caído no chão com os olhos lacrimejando e a boca
salivando e de ter ficado encolhido no chão por uns 5 minutos. Quando consegui
reunir minhas forças novamente, decidi encarar o tal fantasma, ou pelo menos
tentar. Foi quando cheguei ao 50º andar. O corpo já cansado e a cabeça sem
pensar direito deram de encontro com algo diferente. No
meio de tanta escuridão havia uma face, não muito nítida, mas estava lá.
É isso, eu cheguei até algum agente que vai me ajudar!
Não. Tudo com
o que me deparei ao ir me aproximando era aquela coisa bizarra, aquela face
branca com feição de um morto e aquele corpo deformado formado por um vulto
negro, era ele. Eu estava de frente ao SCP-87. Não havia nada a perder então
tentei lançar meu grito sobre a criatura. Nesse momento luzes fortes se
acenderam me cegando. Uma voz disse: “BRAVO! BRAVO! Você realmente é um rapaz
de coragem!”. Eu me perguntava o que estava acontecendo enquanto a venda me era
posta sobre os olhos novamente e eu era retirado daquele lugar.
Chegando a
uma sala começaram a explicação. Nunca estive dentro do SCP-87 de verdade,
aquilo era uma simulação dos efeitos do mesmo para ver até onde eu iria. Eles
disseram que era perigoso demais expor um agente a uma situação daquelas sem
treino adequado e que eles também não iriam querer danos ao 87. Também falaram
que haviam criado a solução para o problema da interferência nesse tempo. Foi
quando fui apresentado ao meu novo óculos escuro! Pude tirar a venda e tê-lo
colocado em meu rosto. Abrir os olhos foi uma sensação muito agradável. Poder
ver os que me cercavam e qual não foi o alivio ao ver um rosto familiar. Anna
estava lá, já engajada nos projetos da SCP.
Fui instruído
sobre os óculos e para nunca tirar ele. Ele possuía 2 funções: Por dentro me
dar visão noturna e informações quando necessário e por fora conter toda a
interferência que eu gerasse. Finalmente entendi que minha interferência estava
na minha vista e que meus gritos nada mais faziam que aumentar minha circulação
na face, por consequência nos olhos, intensificando a interferência. Também me
foi dada a minha farda de agente. Por fim recebi minha primeira missão oficial:
“Ouvimos
boatos que um assassino em série tem aprontado muito por ai, mas em uma das
suas tentativas ele não obteve êxito. Queremos que você descubra mais
informações sobre esse assassino e nos traga essa vitima, para que possamos
estudar o caso.”
E foi nesse
momento que eu soube, não poderia ser um simples assassino, não. Ele tinha algo
mais e eu iria descobrir.
“Mais uma
coisa agente Hunter! Temos apenas uma única pista até o momento! Na verdade um
nome!”
Prontamente
perguntei que nome seria esse.
Daora Master, foda demais mesmo! Vamos ver essa luta épica!
ResponderExcluir