terça-feira, 28 de maio de 2013

# relato 3: O título, o treino, o primeiro.

Já fazia cerca de uma semana que eu estava na Organização SCP, estava sendo mantido num quarto isolado e durante esse tempo vários exames foram feitos em mim. Até esse momento eu não sabia ao certo o que estava acontecendo e mesmo que eu tentasse adivinhar, nem se compararia com o que realmente viria a acontecer.

Certo dia um dos médicos me perguntou se eu estava me sentindo bem. Não entendi o porquê da pergunta dele até o momento em que ele me mostrou que meu nariz estava tendo um pequeno sangramento. Logo me lembrei de que o mesmo havia acontecido em Burnhills. Naquele momento um flash veio na minha cabeça. Aquele desenho. Só podia ter sido eu a desenhar aquilo, mas o que era? Quando eu havia desenhado aquilo?
O doutor pediu para eu fazer o desenho numa folha de papel e aparentemente logo se arrependeu de ter me pedido aquilo. Seu olhar ficou muito assustado e sem muitas palavras, logo saiu do quarto e levou consigo a folha.
No dia seguinte começaram as atividades: pela manhã uma sessão de interrogatório para saber o que houvera na floresta com detalhes, pela tarde mais uma bateria de exames e a noite o comunicado que mudaria minha vida.

Me deram uma roupa mais arrumada e me levaram para uma sala escura. Nela um alto-falante começou a falar comigo: “Bem-vindo jovem! Você deve estar se perguntando o que está acontecendo e vou lhe dizer. Sou o presidente da Organização SCP e aqui mantemos criaturas e objetos com capacidade sobrenatural, que podem ser perigosos para a humanidade ou cair em mãos erradas. Acontece que você teve um encontro com uma criatura dessas e nesse encontro você terminou por absorver algumas capacidades dela. O incrível e que você permaneceu consciente, enquanto que a maioria fica em estado hipnótico ou termina desaparecendo.”.
Até esse momento não havia lá grandes novidades para mim, pois mesmo sem a explicação dele, eu lembrava o que havia acontecido no meu primeiro encontro com Landaw, quando gritei tão forte que distorci seu espectro. Definitivamente aquilo não era comum...
Então ele continuou:
“Você deve estar se perguntando então qual a sua participação nisso tudo! Simples! Estou montando uma nova divisão experimental na Organização. Uma divisão inversa ao nosso trabalho rotineiro. Essa divisão fará trabalho externo e ao invés de capturar, apenas fará monitoramento. Acreditamos que para manter o equilíbrio perfeito algumas dessas criaturas devem ser mantidas livres. E claro que monitorar essas criaturas não é serviço para pessoas comuns, precisa-se de algo a mais! É aí onde você entra meu caro! Você é o primeiro que conseguimos fazer contato, embora existam outros! Você vai liderar esse projeto de monitoramento!”
Logo perguntei: “Então vocês querem que eu vá atrás de todas essas criaturas que são mortais e causam os piores pesadelos das pessoas?”.
A voz respondeu: “Basicamente sim! Claro que você tem que dizer se aceita ou não e quais seriam suas condições!”.

“Eu aceito, quero total liberdade, nada de me monitorar enquanto eu estou trabalhando, e eu posso então nomear essa divisão?”.

Por fim ele respondeu: “Claro, sinta-se a vontade para personalizar esse projeto, afinal ele basicamente é seu!”.

“A divisão será chamada Caçadores do Medo, e a partir de agora pode me chamar de Master Hunter.”.

Nesse momento eu sabia qual seria meu destino. Agentes vieram me buscar dentro da sala. Eles pediram para que eu repetisse com detalhes o que havia acontecido no grito que dei. Após explicar novamente eles me colocaram num carro, vendaram meus olhos e me levaram.


Lembro-me de conseguir tirar a venda e me deparar com uma lanterna no chão e agentes fechando uma porta. Quando perguntei o que estava acontecendo, a única resposta que obtive foi: “Aí está seu primeiro teste, desça as escadas até encontrar o nosso fantasma! Se você conseguir fazer o mesmo com ele, poderá subir novamente. Bem- vindo ao SCP-87!”.


terça-feira, 14 de maio de 2013

#relato 2: O Hospício Burnhills e Landaw.


Como havia dito antes, minha família tentou me impedir de surtar e a atitude deles foi me mandar para um manicômio.
Nesse momento eu estava sendo levado para o Hospício Burnhills (na verdade esse era o nome dado pelos internos ao hospício, seu nome verdadeiro será mantido em sigilo) onde minha primeira aventura aconteceria.
Quando cheguei lá parecia um hospício “comum”, e eu achava que era o único são ali. Isso até conhecer a Anna, uma pobre garota superdotada cujos pais sem instrução julgaram louca e a internaram. Anna era muito inteligente e estudiosa, portanto sabia de tudo sobre o Burnhills.
Tratei de me aproximar logo dela, para ver o que ela sabia e para minha surpresa o Burnhills escondia uma lenda: Aquele hospício abrigava algumas pessoas que já haviam cometido assassinato, mas raramente essas pessoas passavam mais de 1 mês vivas lá dentro. Após uma semana já havia percebido que entre 17:00 e 18:30h toda a equipe que trabalhava simplesmente se recolhia, e nesse mesmo horário eram relatadas as mortes. Como eu costumava ficar no dormitório, não via muito além disso.
Em um certo dia comecei a sentir uma tontura horrível e meu nariz teve um pequeno sangramento, tudo que me lembro e dos enfermeiros me acordando e tirando do chão para me levar para a enfermaria, pude notar na parede do quarto algo desenhado, parecia um círculo com um grande X vazando dele.
Naquele momento alguém gritou de longe: “Corram! Já são 17:00h!” e então os enfermeiros me largaram no chão e correram. Naquele momento Anna apareceu e me ajudou a ir para o que ela chamou de quarto de escape. Em seguida ela me empurrou para baixo de uma cama, que parecia maior que as outras. Sem entender a razão de tudo aquilo perguntei a Anna o que estava acontecendo. Ele então apontou para alguns símbolos estranhos entalhados embaixo da cama e começou a falar:
“Pelo visto você não sabe nada sobre o Burnhills. Todos os dias nesse horário os enfermeiros se escondem em quartos que possuem símbolos como esses nas portas, eles nos tornam invisíveis para os fantasmas. Quando uma pessoa comete assassinato e é mandada para cá, o fantasma de quem foi morto tem a chance de ter sua vingança aqui. Nesse horário eles simplesmente aparecem aqui e perseguem seus assassinos para dar o troco, mas as vezes alguns deles estão tão obcecados que acabam ceifando alguns não culpados. Essa cama nos protege deles também, mas por ser pequena poucos que conseguem chegar aqui se salvam.”
Naquele momento começou uma gritaria vinda do corredor. Olhamos para a porta para vermos uma garota tentar se jogar embaixo da cama em que estávamos, e logo atrás dela estava a fantasma, enfurecida, perseguindo-a, tentando pegá-la a todo custo. Na verdade ela conseguiu e tudo aconteceu bem em cima da tal cama. Ouvimos o silenciar e ficamos todos nervosos. De repente vimos aquela figura que era agressiva sair de cima da cama e dirigir-se para a porta. Não sei ao certo o que me levou a fazer aquilo, mas saí da cama e a chamei. Ela continuou andando. Eu estava sob muito stress pois já havia sangrado, desmaiado e assistido um assassinato bem perto de mim. Juntei minhas forças e gritei chamando-a novamente.
Não sei ao certo o que aconteceu, mas o grito foi tão forte que pude ver seu espectro ter uma leve distorção. Nesse momento ela parou e se virou para mim. Em menos de um piscar de olhos aquela figura que estava a 10 metros de distancia apareceu a menos de um palmo da minha cara. Nos encaramos por alguns segundos até que ela falou: “Você é diferente. Meu nome é Landaw. Muito prazer em conhecer você!”. Não muito certo do que estava acontecendo eu a respondi dizendo meu nome e um muito prazer. Então ela sumiu.
Nos dias que se seguiram eu preferi ficar na cela para a qual eu tinha sido transferido. Nesse mesmo período de tempo Landaw ia me visitar para conversarmos. A garota que a matou era uma amiga muito invejosa, pois Landaw era rica e muito educada e insistia em sair com pessoas que sua família não aprovava. Essa garota era uma dessas pessoas. Foi nesse período que meu medo e sentimento de vingança pela criatura sem face, passaram a ser admiração e respeito. Existia um mundo sobrenatural lá fora e eu queria o conhecer. Só não tinha expectativa de como.
Ao completar 2 meses lá dentro, finalmente vi minha liberdade chegar. Foi quando alguns membros da Organização SCP vieram me buscar. Me despedi de Landaw, mas com a certeza de que voltaria a vê-la.
A SCP me tirou de lá com documentos e licenças que nunca havia ouvido falar antes, mas ninguém questionou. Eles também levaram a Anna para trabalhar no mesmo projeto que eu.
Ao entrar no carro lembro-me de ter suspirado algo como: “Finalmente livre!” e de ter ouvido de um dos agente: “Daqui a um tempo você vai estar pedindo para voltar.”. Nesse momento o homem sentado no banco da frente resmungou: “ Cale-se, você não sabe do que esse garoto é capaz.”. Bom, naquele momento nem eu sabia o que eu aprenderia a fazer...


sexta-feira, 10 de maio de 2013

Master Hunter Origins intro



Agradecimentos aos parceiros: Scary Universe
                                              Predomínio do Terror
                                              Guys of the Horror

E agradecimento especial ao Fear of Slender (onde vocês podem entender todos os termos relacionados ao Slender Man)

quinta-feira, 9 de maio de 2013

#relato 1: Eu, Proxy?


Tudo começou quando eu, recém-formado biólogo, durante uma temporada de trabalho como fotógrafo num parque florestal, me perdi. A floresta era bem densa e criava um clima próprio de filme de terror, mas o trabalho não podia parar!
Em certo ponto da noite, já não tinha certeza de onde estava e o mapa já não estava me ajudando. Isso ajuda a nossa mente a fantasiar coisas assustadoras. Uma estranha sensação de estar sendo seguido me tomava, mas eu ignorava, tudo coisa da minha mente.
Era o que eu achava, até o momento onde na beirada de um pequeno penhasco, ao olhar pra trás me deparei com aquilo. Minha vista não estava boa na escuridão do parque e estranhamente quanto mais eu me forçava a enxergar, mais parecia que tudo estava distorcendo. Quando me dei conta a criatura sem rosto estava bem na minha frente me tocando com tentáculos e me fazendo perder a consciência. Não sei se por sorte ou azar, naquele momento escorreguei do penhasco. Pude ver enquanto caia a criatura simplesmente sumir, até que o impacto com o chão me fez desmaiar.
Quando acordei, já era manhã. Tudo parecia normal novamente, mas não me arrisquei, embora fosse um amante do medo, aquele tinha parecido demais para mim. Peguei minhas coisas e fui embora.
Mesmo em um ambiente seguro eu estava ficando paranoico, sentia-me observado em qualquer lugar que eu fosse. Comecei a me focar em exercícios de luta e sobrevivência, numa tentativa de fazer aquela sensação de perigo se afastar de mim.
Pensei que a única forma de não sentir mais aquilo era voltar ao parque e acabar com a criatura que me causou aquela sensação. Aparentemente minha família estava preocupada demais comigo e numa decisão desesperada de me impedir, me mandaram para um manicômio, onde para minha sorte comecei a ter experiências sobrenaturais, mas depois falo disso.
Nesse período minha mente mudou, passei a ter no lugar do sentimento de vingança, uma admiração que nem eu mesmo podia entender. Como biólogo sabia da existência da xenobiologia (ciência que estuda criaturas não comuns) e para mim aquilo que tentou me atacar podia ser uma criatura nova. Precisava entender, estudar e no fundo da minha mente, sentir aquele medo novamente, a sensação única de estar vivo.
Nesse momento eu já estava naquele lugar faziam 2 meses, quando os homens com roupas de cientistas chegaram para me levar.
Eles pertenciam a uma organização chamada SCP, eles acreditavam na minha história, sabiam que era real.
Me levaram para entrevistas e exames e me deram um diagnóstico.
Eu era o que eles chamavam de Proxy, uma vítima de um ataque de uma criatura conhecida como  Slender Man, mas de uma forma estranha (provavelmente a queda do penhasco) havia permanecido com minha consciência. Segundo eles meu corpo apresentava algumas alterações que eles queriam estudar, mas um dos agentes responsáveis me deu um presente.
A liberdade de trabalhar para a Organização SCP e poder monitorar algumas criaturas (lendas) para avaliar se precisavam de contensão, entre outros estudos. Segundo eles meu corpo aguentaria o que um corpo normal não poderia, devido as alterações. Mas eu sabia que por aí haveriam outros que eram iguais a mim. Poderiam não ter sido vítimas da mesma criatura, mas tinham aquela sede por ir atrás do medo.
Eu criei meu codinome de agente, Master Hunter, e eles me forneciam todo tipo de informação e ajuda para encontrar esses seres.
Eu sabia que em algum tempo eu encontraria outros, eu estava decidido a criar um clã para me ajudar.
Eu fundaria os Caçadores do Medo!