terça-feira, 14 de maio de 2013

#relato 2: O Hospício Burnhills e Landaw.


Como havia dito antes, minha família tentou me impedir de surtar e a atitude deles foi me mandar para um manicômio.
Nesse momento eu estava sendo levado para o Hospício Burnhills (na verdade esse era o nome dado pelos internos ao hospício, seu nome verdadeiro será mantido em sigilo) onde minha primeira aventura aconteceria.
Quando cheguei lá parecia um hospício “comum”, e eu achava que era o único são ali. Isso até conhecer a Anna, uma pobre garota superdotada cujos pais sem instrução julgaram louca e a internaram. Anna era muito inteligente e estudiosa, portanto sabia de tudo sobre o Burnhills.
Tratei de me aproximar logo dela, para ver o que ela sabia e para minha surpresa o Burnhills escondia uma lenda: Aquele hospício abrigava algumas pessoas que já haviam cometido assassinato, mas raramente essas pessoas passavam mais de 1 mês vivas lá dentro. Após uma semana já havia percebido que entre 17:00 e 18:30h toda a equipe que trabalhava simplesmente se recolhia, e nesse mesmo horário eram relatadas as mortes. Como eu costumava ficar no dormitório, não via muito além disso.
Em um certo dia comecei a sentir uma tontura horrível e meu nariz teve um pequeno sangramento, tudo que me lembro e dos enfermeiros me acordando e tirando do chão para me levar para a enfermaria, pude notar na parede do quarto algo desenhado, parecia um círculo com um grande X vazando dele.
Naquele momento alguém gritou de longe: “Corram! Já são 17:00h!” e então os enfermeiros me largaram no chão e correram. Naquele momento Anna apareceu e me ajudou a ir para o que ela chamou de quarto de escape. Em seguida ela me empurrou para baixo de uma cama, que parecia maior que as outras. Sem entender a razão de tudo aquilo perguntei a Anna o que estava acontecendo. Ele então apontou para alguns símbolos estranhos entalhados embaixo da cama e começou a falar:
“Pelo visto você não sabe nada sobre o Burnhills. Todos os dias nesse horário os enfermeiros se escondem em quartos que possuem símbolos como esses nas portas, eles nos tornam invisíveis para os fantasmas. Quando uma pessoa comete assassinato e é mandada para cá, o fantasma de quem foi morto tem a chance de ter sua vingança aqui. Nesse horário eles simplesmente aparecem aqui e perseguem seus assassinos para dar o troco, mas as vezes alguns deles estão tão obcecados que acabam ceifando alguns não culpados. Essa cama nos protege deles também, mas por ser pequena poucos que conseguem chegar aqui se salvam.”
Naquele momento começou uma gritaria vinda do corredor. Olhamos para a porta para vermos uma garota tentar se jogar embaixo da cama em que estávamos, e logo atrás dela estava a fantasma, enfurecida, perseguindo-a, tentando pegá-la a todo custo. Na verdade ela conseguiu e tudo aconteceu bem em cima da tal cama. Ouvimos o silenciar e ficamos todos nervosos. De repente vimos aquela figura que era agressiva sair de cima da cama e dirigir-se para a porta. Não sei ao certo o que me levou a fazer aquilo, mas saí da cama e a chamei. Ela continuou andando. Eu estava sob muito stress pois já havia sangrado, desmaiado e assistido um assassinato bem perto de mim. Juntei minhas forças e gritei chamando-a novamente.
Não sei ao certo o que aconteceu, mas o grito foi tão forte que pude ver seu espectro ter uma leve distorção. Nesse momento ela parou e se virou para mim. Em menos de um piscar de olhos aquela figura que estava a 10 metros de distancia apareceu a menos de um palmo da minha cara. Nos encaramos por alguns segundos até que ela falou: “Você é diferente. Meu nome é Landaw. Muito prazer em conhecer você!”. Não muito certo do que estava acontecendo eu a respondi dizendo meu nome e um muito prazer. Então ela sumiu.
Nos dias que se seguiram eu preferi ficar na cela para a qual eu tinha sido transferido. Nesse mesmo período de tempo Landaw ia me visitar para conversarmos. A garota que a matou era uma amiga muito invejosa, pois Landaw era rica e muito educada e insistia em sair com pessoas que sua família não aprovava. Essa garota era uma dessas pessoas. Foi nesse período que meu medo e sentimento de vingança pela criatura sem face, passaram a ser admiração e respeito. Existia um mundo sobrenatural lá fora e eu queria o conhecer. Só não tinha expectativa de como.
Ao completar 2 meses lá dentro, finalmente vi minha liberdade chegar. Foi quando alguns membros da Organização SCP vieram me buscar. Me despedi de Landaw, mas com a certeza de que voltaria a vê-la.
A SCP me tirou de lá com documentos e licenças que nunca havia ouvido falar antes, mas ninguém questionou. Eles também levaram a Anna para trabalhar no mesmo projeto que eu.
Ao entrar no carro lembro-me de ter suspirado algo como: “Finalmente livre!” e de ter ouvido de um dos agente: “Daqui a um tempo você vai estar pedindo para voltar.”. Nesse momento o homem sentado no banco da frente resmungou: “ Cale-se, você não sabe do que esse garoto é capaz.”. Bom, naquele momento nem eu sabia o que eu aprenderia a fazer...


Um comentário:

  1. Nossaaaaa! Quero saber mais! Sensacional MH! Isso vai ter que virar livro!

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