Casa.
Quanto tempo eu não ouvia essa palavra.
Será que aquele lugar ainda seria minha casa?
Aquelas pessoas ainda seriam minha família?
Quem sou eu agora? O Agente Master Hunter ou um rapaz
comum?
Sem muito tempo para pensar, rapidamente minhas malas
estavam prontas. Na verdade a mala era a mesma que havia ido comigo até o Hospício
Burnhills onde estive internado. Estava intacta. As únicas roupas que eu tinha
usado desde que tinha chegado aqui eram umas roupas brancas e meu uniforme de
caça.
Perguntei a Dark que estava no quarto qual a desculpa que
seria usada para eu voltar para casa. Ele mencionou algo como eu estar
reabilitado para a sociedade. Na verdade por mais que eu fizesse perguntas, não
conseguia prestar atenção em resposta alguma. Seria aquele meu fim? Uma pessoa
comum? Dark tocou meu ombro e fez sinal para que fossemos em direção a entrada
da fundação.
Na porta estava Guurg, finalmente eu o via de novo, mas
ele não fez recepção positiva para mim. Estava apertando a mão de todos que se
encontravam ali e ao chegar nele o aperto foi forte e discretamente acompanhado
de um bilhete pequeno escondido. Tratei de jogá-lo rapidamente no bolso e
seguir em frente. O próximo era o Diretor, fez uma despedida dramaticamente sarcástica
e logo me apontou a porta. O ultimo da fila era Dark. Não tive um mínimo de
tempo para criar um vinculo com ele, mas ele parecia me conhecer há anos.
Estendi minha mão para ele e fui devolvido com um abraço. Ele rapidamente
sussurrou em meu ouvido: “Não se preocupe com nada nesse tempo, a Noite estará
de olho em você!”.
E lá ia eu entrando no carro. Voltando ao que um dia eu
chamei vida. Hoje me parece mais um castigo. Tentei puxar conversa com o motorista,
mas não houve resposta. Decidi dormir um pouco.
Acordei algumas horas depois. Já estava reconhecendo
aquele lugar. Era meu bairro. As casas, os rostos, tudo parecia reaparecer em
minha mente como um flash. Paramos em frente a minha casa. O motorista mandou
descer rápido e assim o fiz. Rapidamente ele deu a volta com o carro e deu uma
buzinada antes de dar partida no carro e logo sumir no fim da rua.
Ali estava eu parado diante do lugar que chamei um dia
lar, sem ter ideia absoluta do que fazer. Meus pensamentos mais uma vez foram
interrompidos pelo grito da minha mãe: “Ele chegou!” ela dizia enquanto me
abraçava e chamava as outras pessoas da casa para me receber.
Fomos entrando e havia um lindo jantar para mim me
aguardando. Pedi licença antes da refeição para ir ao meu quarto. Coloquei a
mala sobre a cama e a abri. Algo estava errado. Por que minha farda de caçador
e meus óculos estavam ali se eu não os coloquei? Só podia ser obra do Dark.
Talvez um presente, uma lembrança, memória. Meu quarto estava da mesma forma
que o havia deixado. De repente estava me sentindo em casa. Ouvi minha mãe
chamando para jantar. De repente lembrei que tinha um nome. Para não ser
identificado vou usar Orion como meu nome fictício.
Desci, sentei a mesa e começamos a comer. O silencio
reinava e a única coisa que podia perceber era a troca de olhares entre meu
pai, minha mãe e meu irmão. Do nada começaram as perguntas do gênero: Como foi
sua estadia na clinica?
Eles usaram o termo clínica para não quebrar qualquer
chance que tivessem de manter algum contato comigo. Minha vontade era dizer
tudo que passei na SCP, mas além de entregar um segredo de Estado, estaria
garantindo minha volta a Burnhills. Me detive a responder “normal, remédios,
gente louca e só.”. Todos se calaram. Terminei minha refeição e disse que iria
dar uma volta pela praça e depois voltaria.
Pus uma calça, um casaco e um tênis e logo saí. Fui
andando com meu andar de caçador, acelerado, silencioso, e pude perceber
olhares para mim. Vamos Orion, pareça normal, pensei. Desacelerei e continuei,
sempre com a sensação de estar sendo observado. Cheguei a praça, tinha um
pequeno playground e uma floresta. Lembrei que costumava ter um lugar secreto
naquela floresta para praticar e condicionar meu corpo. Fui ao tal lugar. Ufa,
estava lá ainda e a sensação estava lá também.
Não sabia se era amigo ou inimigo, então arrisquei. Não
tinha minha interferência, mas ainda tinha um bom ouvido. Fechei os olhos e
ouvi as folhas balançando e batendo. Espere, havia um som que não batia com os
outros. Em poucos segundos o som se aproximou na minha lateral. Meu instinto me
jogou em um pequeno passo para trás e logo avancei a mão para afastar seja lá o
que fosse. Era uma tora de madeira amarrada num galho por uma corda.
Logo ouvi uma voz: “Então você é o Master Hunter, certo?”.
Um rapaz jovem saiu de trás de um arbusto e logo se identificou:
“Sou o Night Hunter e estou aqui para fazer sua segurança
secreta e dar um treinamento para você não perder seu desempenho.”.
Night Hunter! Noite! Dark Hunter, seu esperto, ainda vou
te agradecer por isso ao vivo!
hausuhas,não gostei nenhum pouco de você sair da agencia,mais agora sim as coisas então voltando :D
ResponderExcluirtrate de ter uma interferência de volta e saber controla-la hein! E se você conseguir postar com mais frequência ficaria bem mais legal xD,resumindo tudo,gosto muito do seu trabalho e espero ansiosamente por novos posts :D
mano, eu ainda quero virar o diretor que vai dar vida nas telas dessa história!!
ResponderExcluirMas ainda preciso arranjar pelo menos uma facul e maioridade :p
Se depender de mim isso vira série,nem q seja do YouTube u.u
ExcluirNem sem preocupe com isso que já está no planejamento !!!
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