Não demorou muito o procedimento cirúrgico do Dood,
afinal nem precisou de anestesias. No meu caso foi um pouco mais complicado
devido a grande perda de sangue. Acordei algum tempo depois e vi uma face
familiar próxima a mim. Era Dood, só que parecendo gente desse vez! Ele chegou
perto e me agradeceu pelo rim, do seu jeito bem cientifico e em seguida se
retirou do quarto. Parei para pensar, na luta com Eyeless Jack em momento algum
eu usei a interferência nem nenhuma outra habilidade da doença. Isso era
estranho. Aquela habilidade era minha única chance de fazer algo em uma luta e
dessa vez nem me lembrei dela.
Meus pensamentos foram interrompidos com a entrada de
Dark no quarto. Ele parecia sempre empolgado e com respostas para tudo.
Conversamos um pouco sobre algum assunto qualquer, e tudo estava indo até bem
demais, até que as luzes vermelhas se acenderam. Algo estava acontecendo. Num impulso
rápido me levantei da cama para ver o que estava acontecendo e mais rápido que
eu tinha sido Dark em me segurar para não fugir.
Ele falou que eu não devia me esforçar, mas consegui
convencê-lo a me levar até a confusão. Qual não foi minha surpresa em achar
Dood envolvido no meio dos gritos, ao que me lembro ele parecia tentar abrir
algum SCP perigoso. Pedi para falar com ele e em novo tom ele me respondia:
“Dood, que tá acontecendo?” perguntei.
“Calado, agora eu posso fazer tudo que eu quero e vou
encerrar essa organização de uma vez, você não tem condições de me impedir!”
respondeu prontamente. Aquele era o real Dood.
“Olha aqui, tem um pedaço meu em você e não quero que ele
seja envolvido nas suas obras malignas!” Eu sei, a frase foi péssima, mas pra
um cara que havia perdido sangue, foi o melhor que saiu.
Por pior que fosse a situação, todos esboçaram um
sorriso.
“Parece que você tem um método bem diferente de conseguir
as coisas agente Hunter!” Dood respondeu. Ele podia ser o pior de todos, mas
sua característica chave era a ética, uma ética de quem a aprendeu da pior
forma. “Ok, vamos providenciar sua cura!”.
Ele mencionou algo como Bomba de Radiação Extrema,e como
sempre em seguida comecei a desfalecer novamente.
Tive alguns lapsos de lucidez em que pude ouvir frases
como:
“Ele não vai aguentar.”
“Chamem o resto da equipe.”
“Perdemos ele...”
Pude abrir meus olhos, ou melhor meu olho. Não sentia
metade da minha face, como se ela não estivesse lá. Do outro lado via Dood com
um olhar preocupado.
Consegui ler seus lábios e o percebi dizendo algo como: “Tem
que ser agora senão não tem mais volta.”.
Queria saber o significado daquilo, mas logo percebi que
meu corpo estava amarrado a uma maca que se erguia à vertical me deixando
ereto.
A próxima coisa que me lembro eram flashes rápidos e
muito claros de luzes coloridas, ruídos, sentia como se fosse explodir de tanta
pressão.
Do nada tudo parou e pude voltar a enxergar. Havia uma
névoa densa que começou a desaparecer como se estivesse sendo sugada por meus
olhos.
Pude ver Dood e ao seu lado o Diretor da SCP com um
sorriso de canto de boca.
Dood me fez um gesto para retirar os óculos. Acho que ele
não tinha noção do perigo que aquilo representava, mas ainda assim o fiz. Nada
aconteceu, eu podia ficar sem os óculos!
Espera aí, eu não sabia como ativar a interferência, ela
estava lá e saia quando eu ficava de olhos nus. E o pior é que parecia que isso
era o que o Diretor queria.
Passamos alguns minutos falando sobre isso e a sua ultima
frase chocou a todos os presentes:
“Então agente, pelo visto você não pode fazer mais sua
mágica, portanto não pode atuar em campo. Não me resta muito a fazer.”.
Todos nos entreolhamos por alguns minutos, até que ele
com um sorriso desferiu suas palavras finais:
“Arrume suas malas, você está voltando para casa!”.
Rítmo esquisito, escrita difere das outras postagens...
ResponderExcluirSei lá... Li mas, parece que passou em branco (?).
Não entendi...
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