Não podia ser verdade aquilo. Ia começar nesse momento?
Com certeza tinha sido o momento que o sensor tinha sido posto em mim. Só
podia!
O que fazer?
Gritei para as pessoas correrem o mais rápido que
pudessem e eu fiz o mesmo. De relance pude ver que o professor estava
paralisado com uma cara de espanto, surpresa e alegria ao mesmo tempo. A essa
altura do campeonato o Slender já estava a cerca de 30 metros do professor.
Gritei para ele correr logo e sair dali, mas além dele não se mover quem se
virou para mim foi o Slender.
Orion, Master Hunter, seja lá quem eu fosse, precisava
agir e rápido. Respirei fundo e iniciei minha investida contra ele. Corri com todas
as forças que me eram concedidas pela velha capacidade de meu corpo. Dei um
grito em direção a ele. Acho que no fundo esperava que a interferência
aparecesse naquele momento. Ele se virou para mim. Me lancei num salto e logo
fui alcançado ainda no ar por um de seus tentáculos. Podia ver muitos já caídos
ao chão, tentando se erguer com sangramentos, outros já desmaiados. O professor
já estava inconsciente nesse momento. Éramos só nós dois. Mas pelo visto não
duraria muito.
Encarei seu “rosto” por alguns segundos e senti aquele
chiado aumentando em meu ouvido. Era meu fim. Era o fim para todos.
Acordo.
Me sinto desnorteado, mas me levanto. Algo estranho
aconteceu. Está de noite. Estou com a mesma roupa surrada do dia do grande
encontro. A marca de sangue está recente, úmida. Não era possível. Toda a minha
aventura. Tudo que eu havia me tornado. Foi tudo uma ilusão, uma alucinação da
minha cabeça em resposta ao medo e a pancada. Me sentia apenas normal. Um pouco
frustrado em pensar que tudo foi tão real, mas também pensar que minha
imaginação tinha se superado dessa vez.
Me sento no chão, choro um pouco de alívio e decido voltar para casa.
Vou tirar minha prova agora, decidi mudar minha rota para o Burnhills. Será que
Anna existia e se sim, se estava lá? Chego e sou muito bem recebido. Ninguém
age como se eu tivesse sido paciente de lá. Pergunto por Anna. Eles dizem que
vão me levar até onde ela está. Ela existe, pode ser um bom sinal.
No caminho até o quarto, pergunto sobre ela como um
conhecido. Eles comentam que o caso foi a televisão, o caso da garota gênio que
havia sido internada por seus pais. Era isso! Eu não tinha criado ela. Em algum
ponto do meu subconsciente eu havia armazenado a noticia que tinha sido
transmitida pela TV.
Entrei no quarto e a olhei. Era ela mesmo. Encarei-a com
um olhar de “se ela soubesse o que passou na minha cabeça”. Ela não abre a boca
um momento nem olha para mim. Os enfermeiros não saiam do quarto, como numa
escolta. Passei cerca de 5 minutos a olhando e logo eles disseram que o tempo
da visita já havia se esgotado. Um deles abriu a porta e pôs a mão sobre meu
ombro. Resolvi arriscar.
“Anna, lembra de mim?”
Lentamente sua cabeça se ergueu, um olhar apático me
encarou. E tudo realmente era minha imaginação. Me virei de costas e caminhei
para fora. Acompanhei o movimento da porta fechando e aquele olhar morto me
seguindo. Nos últimos 5cm de porta aberta veio o sinal. Uma rápida piscada de
olho, seguida da mordida de lábios que ela sempre me dava quando sabia que eu
precisava dela.
Aquilo definitivamente não tinha passado na TV. De
qualquer forma precisava voltar para casa. Me apressei em chegar logo e
reencontrar minha família. Contar a eles toda a loucura que meus sonhos me
deram.
Chego em casa e abro a porta. Chamo por eles mas não
houve resposta, acho que saíram.
Chego na sala de jantar para encontrar a pior cena da
minha vida.
Toda minha família estava morta. Todos com cortes pelos
corpos espalhados. Cada um em sua cadeira de jantar habitual.
Na parede escrito com o sangue havia:
“Agora só falta você ir dormir!”
Fudeu-se de veeeez 8)
ResponderExcluirJeff filho da puta!
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