sábado, 22 de novembro de 2014

#PROXY 32: A Máquina de guerra

Acordei em frente a base dos Caçadores. Slender tinha me deixado lá? Estranho comportamento dele mas na situação atual era hora de aproveitar a boa ação do homem sem face. Entrei na base e todos vieram me receber. Logo que viram meu braço sangrando se assustaram, mas fiz questão de deixar claro que estava bem, e que tínhamos outras prioridades mais urgentes. Falei tudo que tinha ocorrido, desde minha prisão até a captura de Aika por parte de Jeff.
Logo estávamos todos prontos para ir a caça. Só não esperávamos que a caça viesse até nós tão rápido. Ao sairmos da base nos deparamos com Mercenário em pé nos olhando. Dark me olhou e num instante desapareceu na sombra da floresta. Night e Red não foram tão rápidos. Queria alertá-los do perigo, mas eles foram em direção ao inimigo. Ele lançou uma forte interferência em minha direção que derrubou meus companheiros e me lançou longe.
Com o braço comprometido e agora a cabeça batida numa árvore que “amorteceu” minha queda, minha visão se tornara turva. Num impulso de proteger o líder, Night correu em minha direção para prestar socorro. Ao ver a deixa, Mercenário foi avançar com um ataque nele. Red rapidamente se colocou em frente a ele para proteger Night. Boa intenção, terrível decisão. Mercenário não possuía escrúpulos algum e não diferenciava Red como adversário por ser mulher. Na verdade ele parecia mais estimulado a lutar por ela ser mulher.
Red tomou a dianteira e avançou de forma rápida com socos e chutes. Sua mecha parecia brilhar um vermelho intenso que se refletia em seu olhar enquanto ela batia em Mercenário. Por um instante achei que ela seria o suficiente para derrubá-lo, então não me importei de ser ajudado por Night. Outra péssima decisão. Ele de forma covarde tirou o capuz e a máscara revelando a face semelhante a minha. Red hesitou, e na deixa dela Mercenário revelou sua verdadeira força. Ele começou por um soco em sua barriga. No impulso de se curvar, Red abriu a guarda. Ele se aproveitou e a ergueu pelos cabelos e logo a puxou para si acertando-a em cheio na face com seu joelho esquerdo. Night já estava me segurando pelo braço quando vimos a seqüência de golpes mais brutais contra uma mulher acontecer. Eu pude sentir Night apertar meu braço. Ele estava no auge da tensão. Sem perder tempo falei para que ele me arremessasse contra Mercenário e fosse resgatar Red. Em seu estado de mente normal ele me questionaria, mas dessa vez nem esperou 2 segundos e já realizou o arremesso. A essa altura a dor do impacto foi nula perto da sensação de ter aquele monstro afastado da minha irmã.
Lembro de ver Night olhando para cima e gritando, enquanto estava ajoelhado no chão com Red em seus braços desacordada. O vermelho de seus cabelos se misturava com o sangue que derramava por suas feridas. Mercenário me levantou e me olhou nos olhos. Rindo perguntou se aquilo era o melhor que eu tinha guardado. Sua risada foi quebrada quando eu gargalhei, olhei em seus olhos e disse: “Aquela é minha irmã, seu verme, e quanto a minha melhor arma? Você acabou de ligar ela...”
Lembro de ter sido largado no chão enquanto Mercenário se virava para olhar para Night, o qual já estava com o punho enterrado na face de seu alvo. Finalmente entendi o porque de Night ter sido um dos escolhidos na SCP e o porque de ter sido meu treinador. Ele era uma máquina, literalmente. Partes do seu corpo eram robóticas e muito fortes. Ele não deu uma brecha sequer para que Mercenário reagisse ou mesmo pensasse. A violência e a força que ele usou contra Red foram usadas 3 vezes mais fortes contra ele. Me levantei e segurei minhas têmporas e olhei para Night. Ele parou um segundo e olhou para Mercenário. Este só conseguia se manter em pé e nada além. Night o ergueu e com um soco o arremessou em minha direção. Me concentrei e com toda minha força lancei uma carga de interferência contra o corpo que se aproximava de mim. Pude ver Mercenário se desintegrar e sumir antes mesmo de encostar em mim.
Era o fim de mais um vilão.
Precisávamos seguir em frente e nos dirigimos a sede da SCP. Eu com o braço sangrando e Night carregando Red em suas costas.

Uma péssima sensação tomava meu coração ao pensar em retornar ao meu “lar”.

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