Night me olhou desconfiado e logo saiu de perto. Dark de
longe já fazia ideia do que vinha. Ela acordou e logo foi apresentada aos
outros da equipe. Night desde que soube do parentesco adotava uma postura quase
militar quando eu estava por perto. Acho que foram aproximadamente 5 dias de
relaxamento. Conversávamos como se já nos conhecêssemos anos atrás. Éramos
pessoas normais. Red estava sempre conversando com Night e o mesmo parecia uma
estátua. Eu e Dark riamos muito dessas cenas. Num momento de descontração
lembrei-me de perguntar a Dark, qual hospício eles tinham visitado. Dark parou
em seriedade e me olhou. Ele em tom de quem havia cometido um erro terrível me
falou. O hospício que eles haviam estado era o BurnHills.
Num salto da cadeira, olhei para ele assustado. Na
verdade estava tão surpreso e assustado que terminei soltando uma pequena carga
de interferência. Red segurou minha mão e logo me recompus. Lá estavam Anna e
Landaw. Precisava salvá-las. Quando anunciei minha ida ao hospício, todos se
animaram. Levantaram-se e foram arrumar seus equipamentos, mas logo gritei.
Todos me olharam sem entender. Com calma então disse que eu iria só. Além de
Mercenário e Jeff, a SCP poderia estar lá. Era uma missão de um homem só.
Passei por Dark e falei em seu ouvido para ficar de olho nas noticias, para
saber se algo seria externado. Passei por Red e depositei um beijo em sua
testa. Prometi que voltaria logo. Passei por Night e o abracei. Com ele próximo
falei para cuidar de Red. Ele novamente corou mas respondeu com um “Sim
Senhor!”.
Logo saí da base. Em algumas horas estava me aproximando
do terreno do Burnhills. Precisava ser discreto. Passei algumas horas observando
o movimento até o anoitecer. Decidi que era a hora de entrar. Sutilmente me
aproximei do portão. Já estava pronto para pulá-lo quando aquelas luzes se
acenderam em minha direção. Uma voz num megafone mandava eu me render. Se eu
agisse agora seria pior. Levantei os braços e ajoelhei. Logo fui empurrado para
uma viatura e levado para algum lugar. Por estar vendado, não consegui
identificar onde estava exatamente, mas parecia
uma sala de interrogatório. Logo um senhor entrou na sala e me olhou.
“Como você não quer ser encarado como assassino de sua
família, se fugiu desse jeito?” disse o detetive.
Nesse momento me recordei que eu estava sob observação,
quando lutei com Jeff e acabei me unindo aos proxys. Nesse momento a porta da
sala se abriu. Quando aquela pessoa entrou, ficou tão assustada e surpresa
quanto eu.
“Orion, é você mesmo?” disse Aika, minha melhor amiga
desde que era pequeno e uma pessoa que eu tinha que ter todo cuidado do mundo
para não descobrir a verdade.
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