terça-feira, 1 de julho de 2014

# PROXY 18: Família

Só podia ser uma ilusão, um sonho.
Aquele pequeno quarto estava cheio de pessoas mascaradas, uns em cima de macas, outros sentados a beira da janela, e outros ainda em pé encostados na parede, todos me olhando. Mesmo com suas máscaras eu podia sentir sorrisos em seus rostos.
Logo me levantei e perguntei que história de irmão era aquela, quem eram eles e o que estava acontecendo. O que estava mais perto começou: “Cara, nós somos proxys, como você. Exatamente da mesma qualificação!”
Logo perguntei que classificação era essa e logo fui esclarecido: Existem 3 tipos de proxys. Os Hollowed, apenas marionetes vivas sem ideia do que fazem. Trabalham pro Slender sem consciência alguma. Só sabem usar a força bruta.
Tem os Revenants, que são aqueles a quem o Slender confere habilidades para distrair e tirar o foco dele. Essas habilidades basicamente são alucinações que fazem o oponente focar no revenant ao invés de no Slender.
E por último a minha categoria, os Agentes. Aqueles que servem ao Slender Man, mantendo sua consciência e personalidade.
Toda essa explicação me fez repensar. Então eu não era mais alguém especial. Só um Proxy de categoria diferente da conhecida pelo mundo. Tudo, as missões, as lutas, o Caçadores do Medo, tudo era sorte.
Não sabia mais ao certo o que eu era.
Tratei de explicar ao mascarado que eu havia perdido meus poderes. Ele não se alterou. Disse que podia sentir que estava lá. Estava adormecido, mas estava voltando a aparecer e que nem de longe era igual aos outros.
“Cada um de nós possui uma habilidade concedida pelo Slender Man e para nos economizar nos chamamos por elas! Deixe te apresentar os irmãos:
Aquele sentado perto da janela é o Sick, sua habilidade não se compara com a original do Slender, mas ele consegue fazer as pessoas ficarem com tosse, colocando sangue pra fora e quando se esforça muito consegue um ou dois desmaios!
O cara em cima da maca tirando um cochilo é o Run, ele tem velocidade maior que qualquer humano comum, mas não domina o Slender Walking.
Eu sou o Distort, domino o que você chama de interferência, essa nem preciso explicar o que é não é!?”
Ainda assim haviam mais pessoas na sala, a maior parte não se movia. Era como se estivessem desligados, mas todos tinham porte de homens adultos, exceto um. Um com porte menor e mais frágil no canto do quarto, sentado com as pernas cruzadas. Perguntei quem eram a Distort. Ele respondeu:
“Ah, essa turma que você está vendo aí são as marionetes, os holloweds que mencionei antes. Como disse eles estão desligados até o Slender aparecer e dar ordens!”
“Ordens”- perguntei com dúvida, “ele por acaso fala? Chega aqui com papeis e manda vocês fazerem as coisas?”
“Não cara”- respondeu Distort rindo, “você vai entender mais adiante. Mas voltando ao assunto, aquele ali no canto não é ele, é ela. Chamamos ela de Imper, pois sua habilidade é a de personificar sua voz para atrair os alvos das missões. Não sei porque exatamente, mas ela não gosta desse nome que demos a ela.

Ela insiste em ser chamada de Red.”

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