Não me custava sondar mais informações, já que Distort
estava sendo uma pessoa tão amigável, diferente do que eu esperava. Perguntei-o
como funcionava tudo aquilo. Se aquele era o lugar fixo deles, o que já tinham
feito como missão, como me conheciam e sabiam das minhas habilidades, sondei
tudo que pude.
Distort não deixou para trás: “Já sei! Vamos dar uma
volta e a gente conversa melhor!”.
Saimos do quarto e olhando pelo geral do lugar era um
hospital velho. Fomos para o lado de fora, andamos e chegamos perto de um lago.
“Hunter, é meio complicado, mas cada dimensão tem suas
regras...” começou ele quando de imediato interrompi:
“Dimensões? Cada uma? Que conversa é essa cara? Quantas
dimensões existem?” Cada explicação que recebia me gerava mais perguntas.
Distort começou: “Calma Hunter, vou explicar. Sou, ou melhor,
fui um estudante de física. Conduzi alguns estudos e quando o Slender me
“contratou” mudei meu ramo de pesquisa. No fim descobri que não há uma
realidade considerada real. O Slender pode viajar entra algumas delas, não
todas. Em algumas dimensões não existimos, ou se sim, somos pessoas comuns e
nada do que vivemos aqui acontece. São apenas histórias criadas por nossas
versões dessa dimensão. Em algum lugar há outro Hunter, sem poderes que por
alguma razão resolveu contar sua história!
De qualquer forma,nessa dimensão que estamos, o Slender
nos usa em missões. Não entendemos as vezes o que fazemos, mas fazemos, para
permanecer com nossas habilidades!”
Agora tudo começava a fazer sentido. Muitas das criaturas
que eu conheço vivem isoladas em dimensões próprias, mas nessa todas estão
juntas. Mesmo assim, minha principal indagação era o Slender. Por que eu? E o
que o futuro reservou para mim?
Perdido em pensamentos noto atrás de nós Sick e Red
chegando e mais distante deles Run, que até o momento não tinha feito jus a seu
titulo.
Sick aparentava uma pessoa debochada, sempre sarcástico,
chegou já fazendo piada: “Saíram pra namorar, perderam a visita do tio! Vamos
moças, temos uma missão!”.
Distort sem perder tempo falou: “Hunter, você descobre
como funciona numa próxima! Todos vamos ao salão inferior aquecer para a
missão!”
Nos dirigimos ao subsolo do hospital, onde haviam 5
holloweds em pé no centro do salão. Sem muita perda de tempo, eles adotaram
posturas de ataque e vieram com tudo. Meio perdido com o que estava
acontecendo, fiquei na retaguarda e acompanhei a cena.
Run fazia dupla com Red, ela fazia vozes estranhas que
chamavam a atenção de um hollowed. Esse quando focava nela, esquecia de Run,
que era muito rápido e o colocava no chão.
Sick, como esperado, se achava o máximo, rapidamente
derrubou 2 holloweds e sentou-se para assistir os outros.
Distort era como eu, luta equilibrada, sempre analisando
o adversário, quando via a oportunidade liberava a interferência e acabava com ele.
Espera, eram 5 e só 4 estavam na minha visão! Um empurrão
de ombro atrás de mim me fez saber onde o quinto estava. Todos me olharam
esperando o que eu faria. Bem, eu ainda era um cara comum, sem minhas
habilidades, mas não podia ficar só olhando.
Meus treinos anteriores me ajudaram muito. Ele era muito
forte, mas seus movimentos só tinham efeito em alguém muito assustado, sem
tempo para pensar. Socos eram desferidos e impulsos de corpo eram seus golpes.
Inicialmente estudei o padrão enquanto desviava.
Quando vi a brecha comecei! Passei a desviar alguns socos
com as mãos e dar alguns chutes em seu abdômen. Foi quando aquilo começou. Tudo
do nada ficou muito lento, tudo menos eu. Enquanto o hollowed passou alguns
segundos erguendo sua mão para o que eu supunha que seria um soco, eu já havia
aplicado socos em seu corpo e rosto. Dessa vez durou menos que no encontro com
Jeff, mas o suficiente para derrubá-lo. Uma dor destruidora veio sobre minha
cabeça me jogando ao chão. Uma lembrança forte me veio quando uma de minhas
visões começou a sumir.
Com medo do que podia ser, corri antes que todos viessem
me ver. Em algum andar do hospital, entrei num quarto com um espelho e logo me
espantei com o que vi. Eu não tinha perdido uma visão, eu tinha perdido o olho
esquerdo todo. Não tinha nada lá, nem o buraco. Era só pele, como... como a
pele do Slender.
Dei sorte que em um quarto do lado estavam algumas roupas
de algum hollowed que não estava mais lá. Roupas e uma máscara. No bolso de uma
calça havia uma caneta preta grossa.
Cada Proxy tinha uma marca própria.
Eu já tinha a minha!
Estou realmente amando essa história! *u*
ResponderExcluirObrigado Natália!
ExcluirQuinta-feira (10/07) é nosso aniversário, vai ter surpresa!
Aguardando *u*
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