sexta-feira, 4 de julho de 2014

# PROXY 19: A teoria do todo

Não me custava sondar mais informações, já que Distort estava sendo uma pessoa tão amigável, diferente do que eu esperava. Perguntei-o como funcionava tudo aquilo. Se aquele era o lugar fixo deles, o que já tinham feito como missão, como me conheciam e sabiam das minhas habilidades, sondei tudo que pude.
Distort não deixou para trás: “Já sei! Vamos dar uma volta e a gente conversa melhor!”.
Saimos do quarto e olhando pelo geral do lugar era um hospital velho. Fomos para o lado de fora, andamos e chegamos perto de um lago.
“Hunter, é meio complicado, mas cada dimensão tem suas regras...” começou ele quando de imediato interrompi:
“Dimensões? Cada uma? Que conversa é essa cara? Quantas dimensões existem?” Cada explicação que recebia me gerava mais perguntas.
Distort começou: “Calma Hunter, vou explicar. Sou, ou melhor, fui um estudante de física. Conduzi alguns estudos e quando o Slender me “contratou” mudei meu ramo de pesquisa. No fim descobri que não há uma realidade considerada real. O Slender pode viajar entra algumas delas, não todas. Em algumas dimensões não existimos, ou se sim, somos pessoas comuns e nada do que vivemos aqui acontece. São apenas histórias criadas por nossas versões dessa dimensão. Em algum lugar há outro Hunter, sem poderes que por alguma razão resolveu contar sua história!
De qualquer forma,nessa dimensão que estamos, o Slender nos usa em missões. Não entendemos as vezes o que fazemos, mas fazemos, para permanecer com nossas habilidades!”
Agora tudo começava a fazer sentido. Muitas das criaturas que eu conheço vivem isoladas em dimensões próprias, mas nessa todas estão juntas. Mesmo assim, minha principal indagação era o Slender. Por que eu? E o que o futuro reservou para mim?
Perdido em pensamentos noto atrás de nós Sick e Red chegando e mais distante deles Run, que até o momento não tinha feito jus a seu titulo.
Sick aparentava uma pessoa debochada, sempre sarcástico, chegou já fazendo piada: “Saíram pra namorar, perderam a visita do tio! Vamos moças, temos uma missão!”.
Distort sem perder tempo falou: “Hunter, você descobre como funciona numa próxima! Todos vamos ao salão inferior aquecer para a missão!”
Nos dirigimos ao subsolo do hospital, onde haviam 5 holloweds em pé no centro do salão. Sem muita perda de tempo, eles adotaram posturas de ataque e vieram com tudo. Meio perdido com o que estava acontecendo, fiquei na retaguarda e acompanhei a cena.
Run fazia dupla com Red, ela fazia vozes estranhas que chamavam a atenção de um hollowed. Esse quando focava nela, esquecia de Run, que era muito rápido e o colocava no chão.
Sick, como esperado, se achava o máximo, rapidamente derrubou 2 holloweds e sentou-se para assistir os outros.
Distort era como eu, luta equilibrada, sempre analisando o adversário, quando via a oportunidade liberava a interferência e acabava com ele.
Espera, eram 5 e só 4 estavam na minha visão! Um empurrão de ombro atrás de mim me fez saber onde o quinto estava. Todos me olharam esperando o que eu faria. Bem, eu ainda era um cara comum, sem minhas habilidades, mas não podia ficar só olhando.
Meus treinos anteriores me ajudaram muito. Ele era muito forte, mas seus movimentos só tinham efeito em alguém muito assustado, sem tempo para pensar. Socos eram desferidos e impulsos de corpo eram seus golpes. Inicialmente estudei o padrão enquanto desviava.
Quando vi a brecha comecei! Passei a desviar alguns socos com as mãos e dar alguns chutes em seu abdômen. Foi quando aquilo começou. Tudo do nada ficou muito lento, tudo menos eu. Enquanto o hollowed passou alguns segundos erguendo sua mão para o que eu supunha que seria um soco, eu já havia aplicado socos em seu corpo e rosto. Dessa vez durou menos que no encontro com Jeff, mas o suficiente para derrubá-lo. Uma dor destruidora veio sobre minha cabeça me jogando ao chão. Uma lembrança forte me veio quando uma de minhas visões começou a sumir.
Com medo do que podia ser, corri antes que todos viessem me ver. Em algum andar do hospital, entrei num quarto com um espelho e logo me espantei com o que vi. Eu não tinha perdido uma visão, eu tinha perdido o olho esquerdo todo. Não tinha nada lá, nem o buraco. Era só pele, como... como a pele do Slender.
Dei sorte que em um quarto do lado estavam algumas roupas de algum hollowed que não estava mais lá. Roupas e uma máscara. No bolso de uma calça havia uma caneta preta grossa.
Cada Proxy tinha uma marca própria.

Eu já tinha a minha!

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