domingo, 20 de julho de 2014

# PROXY 21: Master Slender?

Finalmente amanheceu, hora de levantar.
Red ainda estava apoiada em meu peito, provavelmente ela se moveu a noite e isso deslocou um pouco seu capuz e finalmente pude entender o porque dela querer ser chamada de Red. Ela possuía uma grande mecha vermelha em sua franja. Um vermelho vivo que chamava a atenção.
Delicadamente acordei-a e ela meio assustada já se levantou e se ajeitou. Ela me olhou e falou para não comentar do que tinha visto. Logo em seguida Sick apareceu na porta e antes que falasse algo Red disse que tinha ido apenas ver como eu estava. Sem parecer se importar muito ele falou que era hora do treino, pois era provável que hoje tivesse missão e que eu iria.
Meu treino começou com Run. Ainda não tinha identificado onde exatamente se localizava aquele velho hospital, mas possuía uma grande área livre ao seu redor. Começamos caminhando, depois trotando, por fim correndo. Run olhou para mim e fez um sinal de tchau. Subitamente o cara que estava ao meu lado se distanciou em pouco menos de 10 segundos em mais de 100 metros a minha frente. Era minha vez de acelerar. Me concentrei e comecei a acelerar, nenhum resultado. Comecei a forçar meu corpo ao ponto de começar a tropeçar. De repente começou, Run passou a correr em câmera lenta, tudo ao meu redor estava em câmera lenta, logo eu o passei, umas duas voltas enquanto ele chegava na metade de uma. Daí meu corpo não aguentou e me atirou ao chão.
Todos se espantaram com o que eu tinha feito, mas tentaram não demonstrar. A segunda parte do treino foi com Red. Ela por alguma razão pediu privacidade no treino e me levou para um ponto sem os outros. Lá começamos o treino físico. Ela parecia delicada, mas batia pior que o Jeff. Sentia que com ela teria mais abertura para falar e comecei: “Porque todos usam mascaras mesmo entre nós? Inclusive nos treinos, afinal sem máscara machuca mais, não?”.
Ela aparentemente se irritou e intensificou seus golpes. Um destes, um chute, me pegou em cheio no diafragma me lançando ao chão, logo depois se abaixou perto de mim, retirou minha máscara, olhou atentamente na minha face e me deu um tapa na cara. Em seguida disse: “E agora machucou mais? Ta horrível sua cara, devia ter cuidado disso.”.
Ela se sentou no chão ao meu lado e começou a retirar sua máscara. Aquilo me assustou de uma forma pior do que se ela tivesse a cara toda arrebentada. A Red, aquela garota era minha irmã que havia desaparecido quando tinha 5 anos. Ela havia mudado consideravelmente, mas ainda assim eu sabia que era ela e ela sabia quem eu era. Fiquei paralisado, sem conseguir esboçar reação. Pelo menos até o momento em que ela me olhou e falou: “Oi maninho!” de uma forma meio sem graça. Não aguentei e a abracei com todas as minhas forças. Ela não demorou muito a se juntar ao abraço e assim ficamos por um bom tempo. Aquele abraço valeu tudo que eu tinha apanhado. Depois disso colocamos nossas mascaras e voltamos.
O último treino foi o pior. Foi uma simulação da morte.
Distort de um lado gerando interferência e Sick do outro lançando sua habilidade. Nem preciso falar que em menos de 5 segundos eu já estava no chão. Ainda assim eles me levantavam e começavam tudo de novo, cada vez mais intensificando seus poderes. Com aproximadamente 1 hora de “treino”, minhas mãos foram presas em uma espécie de algema no teto para que eu ficasse em pé de qualquer jeito. Nesse momento os dois soltaram suas habilidades em potencia máxima. A agonia e a dor eram insuportáveis ao ponto de sentir a morte chegando. Não tinha como cair então fiz o melhor que pude para apenas me manter acordado. Sentia meu sangue escorrendo pelo nariz e já saindo pela boca por dentro da mascara e aquilo foi me causando uma sensação terrível. Me esforcei para me concentrar, embora fosse extremamente difícil.
Num lapso de menos de 1 segundo, senti aquela onda saindo de dentro de mim como nunca antes. Respirei fundo e gritei, liberando uma carga de interferência que causou sangramento nasal nos 2, que rapidamente se assustaram e caíram sentados no chão sem entender.
Tentei gritar novamente, mas algo estranho aconteceu de novo. Um queimor passava pela minha face e não conseguia falar, nem mesmo abrir a boca.
Novamente corri para a sala do espelho e tirei a máscara. Agora meu olho e minha boca tinham desaparecido. Eu cada dia mais via o Slender em mim.

Rapidamente voltei a sala quando fui chamado. Novamente o Slender Man tinha estado lá para passar uma missão. Já era de noite quando Distort anunciou o objetivo:

“Pessoal, na nossa ultima missão atacamos um trio, mas eles aparentemente foram mais espertos que nós e de alguma forma nos localizaram. Preparem-se para a luta. Temos alguns Caçadores chegando...”

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